MT: Consumo de alimentos
39% dos alimentos consumidos em MT vêm de outros locais.
Consumo de frutas, legumes, hortaliças e laticínios em Mato Grosso está estimado em 254,002 mil toneladas ao ano, sendo que 39% desse volume ou 93,016 mil toneladas provêm de outros estados brasileiros. Maior dependência local é pelas frutas frescas: 58,459 mil toneladas o que significa que 53% são importados de outras regiões do país, principalmente São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.
Com a vinda de 78 mil turistas para assistir aos jogos da Copa do Mundo da Fifa em 2014, o suprimento desses alimentos torna-se preocupante, considerando que os estados fornecedores desses produtos perecíveis também serão sede de jogos na mesma época e devem priorizar o próprio consumo.
Constatação é de um grupo de 6 pesquisadores da Faculdade de Economia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), responsáveis por um diagnóstico da demanda de produtos e serviços para a Copa de 2014 em Cuiabá, Várzea Grande e demais cidades turísticas do Vale do Rio Cuiabá. Pesquisa coordenada pelo economista Dilamar Dallemole foi entregue à Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa).
De acordo com os pesquisadores, a distância e elevado custo do transporte rodoviário são elementos que inibem o atendimento da demanda local. Para eles, somente em caso de excedente na produção haveria a disponibilidade desses alimentos para Mato Grosso. Outro problema apontado pelos pesquisadores está relacionado à organização das feiras livres.
Para eles, “o segmento de feirantes em Cuiabá não tem condições de se organizar para atender uma demanda sem que haja apoio técnico e capacitação dos agentes ao longo de toda a cadeia produtiva”.
A Feira do Verdão (Terminal Atacadista de Cuiabá) é identificada como a principal fonte de abastecimento de hortifruti e responsável pela distribuição de mercadoria para as demais feiras de Cuiabá e Várzea Grande.
Porém, o local onde funciona será ocupado por um estacionamento para atender o público que comparecer à Arena Pantanal. Novo Terminal será transferido ainda neste ano para uma área localizada no Distrito Industrial de Cuiabá e deve ocupar 70 mil metros quadrados, segundo o secretário municipal de Trabalho e Desenvolvimento Econômico, Elias Alves.
Outro projeto dos gestores públicos para garantir o abastecimento de produtos perecíveis é a construção de uma Central de Abastecimento (Ceasa). Nomeado presidente da Ceasa Mato Grosso, Baltazar Ulrich comenta que alguns dos permissionários do atual Terminal Atacadista de Cuiabá poderão migrar para a Central de Abastecimento, esclarecendo que o projeto será resultado de uma parceria público-privada.
“O investidor terá que garantir o terreno e o projeto e o governo irá assumir a parte de infraestrutura, ou seja, a terraplanagem”. Ulrich afirma que a intenção é fazer de Cuiabá um centro distribuidor desses alimentos, atendendo os municípios do interior e outros estados da região Norte do país. “As frutas importadas poderão vir direto da Argentina e Chile, por exemplo, sem passar por São Paulo”.
Previsão é que a licitação para construção do empreendimento seja realizada em setembro e totalmente concluída até dezembro de 2014. “Nossa obrigação é organizar a oferta de alimentos orgânicos para atender a Secopa a tempo dos jogos”. Investimento total previsto é de R$ 150 milhões. Estimativa do governo é que 4 mil caminhões passem pela Central de Abastecimento diariamente, que deve ocupar uma área de 100 hectares, sendo 64 mil metros quadrados de área construída, possivelmente às margens da rodovia dos Imigrantes, na saída do Distrito Industrial ou no Rodoanel.
Além de regularizar a distribuição de hortifrutigranjeiros, a construção de uma Ceasa estimulará a produção desses.
alimentos no Estado, avalia Ulrich. “Pretendemos instalar centrais de recebimento de produção de alimentos em cidades polo, como Juara, Sinop, Primavera do Leste, Tangará da Serra e Cuiabá”. Controle sanitário dos produtos pode ser feito em parceria com o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) e com a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer). “Iremos dobrar a capacidade técnica da Empaer, melhorando a assistência aos produtores e além disso o governo aumentou o crédito para agricultura familiar”.
Na avaliação do presidente da Associação dos Engenheiros Agrônomos no Estado de Mato Grosso (AEA/MT), João Dias, há um sério risco de desabastecimento momentâneo de alguns produtos perecíveis no Estado em meados de 2014, quando será realizado o Mundial de Futebol.
“A agricultura familiar do nosso Estado tem ofertado alimentos em quantidade sazonal e, sem opção, os atacadistas recorrem a outras regiões produtoras para manter os estoques e atender diariamente a demanda da nossa população”. Por isso, conclui, o acréscimo de aproximadamente 80 mil pessoas em visita a Mato Grosso por um período médio de 20 dias deve acarretar um consumo superior à capacidade de abastecimento.
SEGURANÇA ALIMENTAR – Além de regularizar a oferta e distribuição de hortifruti no Estado, outra medida que precisa ser trabalhada é a rastreabilidade dos produtos agrícolas, segundo Dias, por se tratar de uma medida de segurança alimentar. “As grandes redes de supermercados já apostam na implantação de vários programas de monitoramento, inclusive para rastrear e monitorar o uso de agrotóxicos nas frutas, verduras e legumes”.
Em Mato Grosso, a prática foi adotada pelo francês Michel Leplus. Proprietário de uma área de 35 hectares ocupada com uva em Nova Mutum, ele reserva 30 hectares para garantir a produção de 620 mil litros do suco Melina.
No ano passado, com modificações no sistema de manejo, ele aumentou a produção e garantiu uma média de 35 toneladas de uva por hectare. “Temos a rastreabilidade da produção da uva, todo o passo a passo, desde o plantio de cada variedade, adubação, poda, irrigação, colheita e processamento”. Leplus diz que a principal vantagem é para o consumidor, que pode desistir do produto ou comprar, de acordo com as informações mantidas no rótulo do produto.
Fonte: Gazeta Digital
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