Práticas inovadoras de agricultura no cerrado

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Agricultores da Guiana Francesa conheceram práticas inovadoras de agricultura no cerrado amapaense.

 

Entre as conquistas da pesquisa agropecuária no Brasil está a viabilidade da produção no bioma cerrado. O Mato Grosso, por exemplo, saiu da condição em que a maior parte das terras eram consideradas improdutivas e se tornou o maior produtor de grãos do País. Foram os avanços tecnológicos que possibilitaram a correção da acidez do solo e geraram cultivares adaptadas às condições tropicais.

 

No estado do Amapá, a Embrapa mantém um campo experimental em área de cerrado, onde são testados vários cultivos. O trabalho vem chamando a atenção de produtores e pesquisadores de várias regiões do Brasil e de outros países. A maior parte dos cultivos são práticas recomendadas pelo Programa ABC (Agricultura de Baixo Carbono), do governo federal.

 

Na manhã desta quarta-feira, 19/6, uma delegação de 15 pessoas da Guiana Francesa faz uma visita técnica ao Campo Experimental do Cerrado, da Embrapa, no km 45 da BR 156. A delegação é formada de 11 agricultores, um conselheiro da cidade de Saint-Georges, dois alunos de uma escola familiar rural e o encarregado da Missão da Agricultura da Prefeitura de Saint-Georges.

 

A delegação é da cidade de Saint-Georges de l’Oyapock, fronteira da Guiana Francesa com o estado do Amapá. Os visitantes serão recebidos no campo por uma equipe de pesquisadores da Embrapa. A agenda completa da delegação de Saint-Georges no estado do Amapá acontece de 17 a 22 de junho, sob a coordenação da Agência de Desenvolvimento do Estado do Amapá (ADAP).


 

ROTEIRO DA VISITA AO CAMPO DA EMBRAPA:

-Experimento de mangabas

-Unidade de Observação do Sistema Bragantino (macaxeira, milho, arroz, feijão)

-Unidade de Observação de experimentos de soja (16 cultivares de soja)

-Experimento de milho com ênfase na Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

-Experimento com cultivares de café

 

Mais informações:

 

Sistema Bragantino

Tecnologia agrícola de produção de alimentos

 

Os visitantes foram levados à Unidade de Observação do Sistema Bragantino, montada pela Embrapa no campo do Cerrado. No local há cultivos de macaxeira em consórcio com milho, arroz e feijão. O desenvolvimento das cultivares está sendo monitorado pela Embrapa, por meio de tratos culturais, adubação e análises da fertilidade nas diversas camadas do solo.

 

O Sistema Bragantino é um modelo de produção agrícola que envolve rotação e consórcio de culturas. Prioriza a recuperação de áreas degradadas utilizando a técnica do Plantio Direto. A tecnologia foi originada na região bragantina do Estado do Pará, por meio de pesquisas da Embrapa daquele estado.

 

O Sistema Bragantino é a base tecnológica do Programa Territorial de Agricultura Familiar e Floresta (Protaf), do Governo do Estado do Amapá. Uma grande vantagem do Sistema Bragantino é permitir ao produtor utilizar a mesma área por tempo indeterminado. Na prática, significa que o produtor não precisa derrubar e queimar um pedaço da floresta todo ano para fazer novos plantios.

 

Cultivares comerciais de mangabeira

Produção de frutos no cerrado amapaense

Pesquisador Gilberto Yokomizo

 

A mangabeira produz frutos apreciados na fabricação de sorvetes, compotas e outros produtos. Presente no cerrado amapaense, apresenta elevado potencial econômico para a agricultura familiar. Essa fruteira corre risco de extinção e está entre as 12 espécies prioritárias para pesquisa pelo Ministério do Meio Ambiente. Visando este potencial, a Embrapa realiza pesquisas com mangabeiras nativas.

 

O Amapá possui mangabeiras nativas no cerrado e uma amostra delas foi coletada pela Embrapa para formar o Banco Ativo de Germoplasma (BAG) no Campo Experimental do Cerrado. A área ocupa 1,7 hectare, sendo composta de 239 plantas nativas e 72 recebidas da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado da Paraíba (Emepa).

 

No estado do Amapá, a mangabeira nativa apresenta frutos maiores, mais avermelhados, mais adocicados e menos ácidos em relação aos encontrados na região Nordeste.

 

Cultivo de bananeira

Variedades recomendadas para o estado do Amapá

 

O cultivo da banana é destaque na produção agrícola brasileira e no estado do Amapá aparece em segundo lugar no ranking da produção da lavoura permanente, com uma média de 6.415 toneladas cachos/anual em uma área plantada de 1.500 hectares (IBGE / 2010).

 

A expensão do cultivo da bananeira no estado é viável, devido ao clima favorável e mercado consumidor. Porém os produtores locais convivem com a ameaça das pragas que afetam os bananais. A Embrapa Amapá recomenda sete cultivares de bananas do tipo prata, resistentes a pragas, para o estado do Amapá. Essas cultivares possibilitam maior produção, rendimento e longevidade das novas áreas implantadas.

 

Experimento com café no Amapá

Pesquisador Rogério Mauro Machado Alves

 

O experimento de café da Embrapa apresenta condições favoráveis para cultivo nas condições de clima e solo nesta área do cerrado amapaense. Os testes de adaptação são feitos com café do tipo Conilon. Até o momento as plantas apresentam ótimo desenvolvimento, com crescimento resistindo às condições adversas de clima e temperatura elevada e a doenças. No experimento há 500 plantas de café resultantes de materiais fornecidos pela Embrapa Rondônia e pela Embrapa do Pará.

 

Fonte: Embrapa Amapá


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