Uso eficiente da água na agricultura
Pesquisadores de Brasil e Austrália debatem uso eficiente da água na agricultura.
O uso eficiente da água na agricultura é tema de workshop, nesta semana, em Brasília, que reúne cerca de 50 especialistas da Embrapa e do Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation – CSIRO, órgão de pesquisa da Austrália. O Water Use Efficiency Workshop acontece de quarta a sexta-feira (19 a 21/06), no auditório da Embrapa Estudos e Capacitação.
Promovido pela Embrapa Agroenergia e a Secretaria de Relações Internacionais (SRI) da Empresa, o evento tem como objetivo identificar oportunidades de parcerias estratégicas em pesquisa, desenvolvimento e inovação, visando a aumentar a eficiência do uso da água por espécies vegetais de importância para o Brasil e Austrália.
O chefe-geral da Embrapa Agroenergia, Manoel Souza, diz que “esse é um tema muito relevante atualmente, inserido no contexto da sustentabilidade”. Isso porque, a irrigação de lavouras é a atividade produtiva que mais consome água doce, superando inclusive o uso industrial.
Além disso, a expectativa da Agência Nacional de Águas (ANA) é que, até 2020, a área de agricultura irrigada no Brasil chegue a 5,8 milhões de hectares – um incremento de 58% em relação a 2005. “Algumas formas de reduzir o impacto dessa expansão são o desenvolvimento de métodos mais eficientes de irrigação ou de variedades que consumam menos água”, explica.
O uso da biotecnologia como ferramenta para obter plantas mais tolerantes à seca e eficientes no consumo de água, métodos de manejo da irrigação e fenotipagem de plantas em condições de seca, serão os principais temas abordados pelos pesquisadores da Embrapa e do CSIRO. Durante o workshop, eles apresentarão trabalhos desenvolvidos nos dois países com as seguintes culturas: algodão, amendoim, café, cana-de-açúcar, soja, trigo e uva, além de resultados de novos métodos de experimentação e de biotecnologia aplicada à tolerância à seca.
Brasil e Austrália têm interesse no tema devido ao fato de grandes áreas cultiváveis dos dois país estarem sujeitas a períodos prolongados de seca. Tal tema tem ganhado ainda especial atenção por parte de ambas as instituições frente ao contexto das rápidas mudanças climáticas que tendem a agravar os problemas decorrentes da escassez de água em regiões tradicionalmente produtoras.
“Por isso, acreditamos que, ao juntar esforços nas pesquisa, poderemos obter respostas mais rápidas e eficientes frente aos desafios que já estamos enfrentando e que ainda vamos enfrentar”, diz o pesquisador da Embrapa Agroenergia Alexandre Alonso, coordenador do evento.
Histórico
A abertura para trabalhos conjuntos entre as organizações dos dois países se deu em março do ano passado, quando uma comitiva australiana, liderada pela presidente do CSIRO, Megan Clark, visitou o Brasil e conheceu os trabalhos de algumas unidades da Embrapa. Clark e sua equipe estiveram na Embrapa Agroenergia e participaram de discussões técnicas com a chefia e os pesquisadores da Unidade brasileira.
Em agosto, o CSIRO foi visitado pelo chefe da Unidade, Manoel Souza, e pelos pesquisadores Alexandre Alonso e Hugo Molinari. Eles conheceram os modos de atuação e principais linhas de pesquisa do Australian High Resolution Plant Phenomics Centre, da School of Life Sciences – The University of Queensland e da BSES – The Bureau of Sugar Experiment Stations. Nessa viagem, o uso eficiente da água foi apontado como um dos temas para trabalho em conjunto entre os institutos, o que deu origem ao workshop que acontece nesta semana.
CSIRO
Fundado em 1926, o CSIRO tem 6,4 mil funcionários em 55 estações de pesquisa. Com um orçamento de cerca de US$ 1,3 bilhão, dos quais 60% são oriundos do governo australiano e o restante de outras fontes, o CSIRO tem uma missão mais ampla do que a da Embrapa, pois além da pesquisa agropecuária, também atua no setor da saúde e tem uma forte ligação com a indústria. A organização opera por meio dos chamados National Flagships Programs (NFP), o equivalente a portfólios de projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação.
Fonte: Embrapa Agroenergia
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