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Mecanização exige capacitação

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Mecanização das propriedades agrícolas impulsiona a qualificação da mão-de-obra

 

Rentabilidade para produtor e trabalhador. A mecanização das propriedades agrícolas tem garantido não só redução nos custos de produção, mas também impulsionado a qualificação da mão-de-obra e, consequentemente,
melhor remuneração no campo.

 

Em todo o Brasil, a estimativa é que 70% das terras produtivas brasileiras já estejam mecanizadas. Em Mato Grosso, que tem como característica a presença de propriedades de médio e grande porte, este índice é ainda maior. Com isso, a demanda por mão de obra especializada cresce a cada ano.

 

Especialista em mecanização agrícola da Universidade Estadual Paulista (Unesp), o professor Paulo Roberto Arbex Silva ressalta que, diferente do que muitos pensam, a utilização de novas tecnologias nas lavouras não
está acabando com a oferta de empregos. Pelo contrário, está tornando o setor mais rentável e atrativo.

 

Em Mato Grosso, por exemplo, um operador de máquinas pode ganhar de R$ 2 mil a R$ 3 mil. Enquanto que na atividade braçal os salários não chegam a R$ 1 mil. “Antes, quem não tinha capacitação ia trabalhar na lavoura.

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Hoje este tipo de mão-de-obra está diminuindo e estes trabalhadores tendo que se qualificar para continuar no campo. É uma mudança gradativa de cultura”.

 

Outro benefício apontado pelo pesquisador é a retirada dos trabalhadores de atividades insalubres. “Na atividade canavieira, por exemplo, uma colhedora faz o trabalho de 70 homens. Isso porque consegue trabalhar em ritmo mais acelerado por até 24 horas, enquanto um homem tem limitação de física de 8 horas. Em contrapartida, estes trabalhadores vão buscar outras atividades para se ocupar”.

 

Um dos maiores desafios é ampliar a oferta de cursos de qualificação. Em Mato Grosso, este trabalho é realizado pelo Serviço de Aprendizagem Rural (Senar) durante o ano todo. Somente em 2012, foram ofertados 250 treinamentos na área de mecanização que atingiram 4 mil trabalhadores.

 

Mesmo assim o número ainda é insuficiente. Durante o circuito tecnológico realizado na safra passada, a Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja) levantou que 68% dos agricultores matogrossenses enfrentam problemas com mão de obra, principalmente pela falta de qualificação. Nas regiões Leste e Oeste estas dificuldades são maiores. Cerca de 45% dos sojicultores admitem não encontrar profissionais disponíveis no mercado.

 

Segundo o gerente de Aprendizagem Marciel Becker, este cenário tem gerado prejuízos ao homem do campo. Estudos apontam que apenas 10% da capacidade tecnológica das máquinas estão sendo aproveitadas em grande parte das lavouras.

 

As perdas por falta de regulagem e manutenção adequada das colheitadeiras, por exemplo, podem gerar prejuízos de até 5 sacas por hectare de soja. “Isso tudo porque uma regulagem não é bem feita, porque não se está aproveitando a velocidade da máquina. Um profissional capacitado consegue obter o melhor de cada equipamento, este é o desafio”.

 

A demanda reprimida de mão de obra também está ocasionando a migração de profissionais da cidade para o campo, como não se via há anos. “São atividades com boa rentabilidade e emprego certo. Por isso estamos vendo
um cenário inverso do ocorrido nos últimos anos”.

 

Serviço: Para participar dos cursos de operação, regulação e manutenção de tratores, colheitadeiras e pulverizadores, oferecidos pelo Senar, os interessados precisam ter domínio da leitura e, preferencialmente, um curso básico de informática.

 

Eles são oferecidos em parceria com os sindicatos rurais nos 141 municípios localizados nas 4 regiões do Estado. Os mais extensos tem duração de 200 a 400 horas para operadores de máquinas.

Fonte:Gazeta Digital, por Tania Rauber


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