Oeste baiano já supera os EUA em produtividade

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Norte-americanos ainda colhem mais milho: 170 sacas ante 145; mas isso vai durar pouco tempo, diz produtor brasileiro.
 
Há 26 anos, sem novas opções de terras no Paraná, Walter Horita trocou a região pelo oeste baiano. Uma atitude considerada ousada pelos vizinhos. Longe de tudo e sem estradas adequadas, os desafios da nova região começaram logo cedo.
Acostumado às terras férteis do Paraná, Horita amargou uma produção de apenas 14 sacas de soja por hectare na primeira safra plantada. Um desastre para o bolso.
Hoje, Horita cultiva 42 mil hectares com soja, milho e algodão. Quando as máquinas encerraram a colheita neste ano, ele constatou a produção de 62 sacas de soja e 196 de milho por hectare.

A colheita de algodão está começando e ele espera 330 arrobas por hectare. "Estamos com uma produtividade bem acima da dos Estados Unidos", diz Horita.

A produção de Horita não está muito distante da média do oeste baiano, mas está acima dos padrões da região. Motivo: ele não mede esforços na utilização de novas tecnologias à disposição.

O oeste baiano produz 52 sacas de soja, 145 de milho e 270 arrobas de algodão por hectare. Os norte-americanos colhem 48,5 sacas de soja e 160 arrobas de algodão.

No milho, ao produzirem 170 sacas por hectare, ainda superam os baianos. "Mas isso [o ganho no milho dos norte-americanos] vai durar pouco tempo", diz Horita.

Novas práticas

O segredo para uma produção elevada passa pelo uso intensivo de novas práticas na lavoura e utilização de insumos e de equipamentos de última geração.

Além disso, o produtor deve estar à frente dos livros e da literatura agrícola, diz ele.

Para Horita, o produtor deve fazer experimentos em sua terra, buscar coisas novas e estar apto a, se necessário, fazer mudanças rápidas na cultura para garantir maior produtividade.

Ele destaca, no entanto, a necessidade da presença de um bom agrônomo nesse processo produtivo.

O acesso à tecnologia exige recursos, o que poderia tirar os produtores de pequeno porte desse processo.

Horita diz que a inovação tecnológica estará à disposição dos produtores de pequeno e médio portes se eles se reunirem em grupos para comprar insumos e máquinas e para a comercialização.

"A agricultura moderna exige a utilização de agroquímicos, melhoramento genético e equipamentos eficientes", afirma Horita.

A vantagem é que a concorrência entre os fornecedores de insumos é grande e a cada safra eles desenvolvem produtos cada vez mais eficientes, acrescenta.

Isso leva, no entanto, a uma perda de rusticidade e ao aumento da fragilidade das plantas, o que exige custos fitossanitários maiores. Essa elevação de custos será compensada pelo aumento da produtividade, diz ele.

A região distante, e de pouca atração há três décadas, hoje está na mira até de investidores estrangeiros.

Com o valor de um hectare vendido no Paraná, Horita comprava 50 no oeste baiano na década de 1980. Hoje, compra apenas dois.

Fonte: Folha de São Paulo


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