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De Dourados para o mundo

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De Dourados para o mundo: indústrias produzem de tampas de garrafas ao bacon do McDonald’s.

 

Eduarda Rosa

Usinas, indústrias, fábricas… todas trabalhando a pleno vapor. A realidade dos grandes centros passa também para o interior do Brasil, e Dourados que tinha uma economia essencialmente agropecuária num passado recente, passa a se desenvolver na área industrial.

 

Das 11.600 indústrias instaladas no Mato Grosso do Sul, 748 estão em Dourados.

 

As produções são das mais variadas e vão embalagens plásticas feitas de cana-de-açúcar ao bacon utilizado por uma das mais famosas redes de lanches fast food do mundo, o McDonald´s. Dentro do município há indústrias de alimentos, frigoríficos, usinas do setor sucroenergético, polo de vestuário, além de diversas indústrias químicas e de transformação.


 

De acordo com o vice-presidente regional da Fiems (Federação das Indústrias do Mato Grosso do Sul), Sidnei Pitteri Camacho, Dourados é a 4ª cidade que mais exporta no Estado. “Em 2013, o município exportou US$220 milhões, 3% a mais que em 2012. Os setores que mais se destacam são o de carne e de derivados de soja, contudo também vem crescendo com indústrias metalúrgicas, de fertilizantes, além de oito sucroenergéticas na região – estas produzem etanol, açúcar e bioenergia”, contou.

 

A cidade tem variada gama de produções que os moradores pouco conhecem. Uma delas é da Seara, que produz o bacon utilizado pelo McDonald’s de todo o Brasil.

 

De acordo com a assessoria de comunicação da empresa, a JBS – que administra a Seara – o bacon que sai daqui, chega pronto para ser usado na rede.

 

“Dourados tem uma unidade de operação [da empresa] por estar em uma região competitiva de produzir proteínas de aves e suínos. O bacon é cozido aqui e já chega ao restaurante pronto para ser usado”.

 

A Inflex – indústria de embalagens plásticas – há 25 anos no município, produz as embalagens utilizadas em produtos das marcas Durex, da bala Dori, bisnaga do Catupiry, o sachê do catchup D’Ajuda, Zaeli, Liane, Dona Benta, Donana e Dallas. A fábrica também já confeccionou embalagens da Bauducco e Visconti.

 

“Hoje temos 600 clientes. No mês, aproximadamente 10% da produção fica no Mato Grosso do Sul e 90% vai para fora do Estado. Metade do nosso material vai para São Paulo, mas também temos clientes no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Acre, Paraíba, Rio Grande do Sul – são 15 Estados constantemente”, afirma o diretor administrativo, Cesar Augusto Scheide.

 

A busca do mercado é por uma embalagem fina, leve e resistente, utilizando tecnologias de barreira óleo, luz, oxigênio e altas temperaturas.

 

A indústria vende para outras indústrias brasileiras, “nós não atendemos fora do Brasil, mas o nosso cliente exporta para vários países – 3M para o Canadá, Liane para a América Latina inteira, Zaeli. As pet foods – embalagem de ração de cachorro – para os Estados Unidos, os filtro de máscaras de gases vai para a Arábia Saudita, Rússia, Coréia”, disse o diretor.

 

Com a onda de sustentabilidade, a Inflex já viu a importância de “plantar plástico”. “A grande maioria do plástico é de fonte de petróleo – não renovável -, então o que surge agora é a fonte renovável que vem do álcool, com isso se pode ‘plantar plástico’”, explicou Scheide.

 

Contudo a produção de plástico do álcool é 30% mais caro. A indústria fez uma única produção para o a Comunidade indígena Vida Kaiowá – que envolve 30 indígenas de 7 famílias. Foram produzidas 51 mil embalagens para a venda de mandioca e milhos descascados e 12 mil para sabão de álcool.

 

A Quimiplast, fabrica brincos de bois, forros de PVC, tampas e garrafas plásticas. Ao dia, são feitas em média 300 mil tampas e duas mil garrafas. Enviam cerca de 400 mil tampas por mês para a fábrica do suco ‘Tampico’ da Bahia, além de outros nove Estados Brasileiras. Já as garrafas ficam só no MS.

 

Uma curiosa produção é a de identificadores bovinos, ou brincos de bois, que são gravados por um aditivo laser, por meio de uma máquina francesa (como pode ser visto no vídeo a baixo). “É como se o laser estivesse queimando o plástico, ele não é gravado com tinta, pois tem que durar 10 anos”, explica o auxiliar administrativo, Ederson Cabreira Ribeiro.

 

Os ‘ brincos’ são enviados para oito Estados – MS, PR, MT, SP, AC, GO, RO e PE –, mas principalmente no Centro Oeste. Por dia são produzidos 50 mil peças e são realizadas 6 mil gravações.

 

Assim como os outros plásticos, 3,5 mil metros de forros de PVC são moldados por dia. Estes são vendidos no Estado e para o Paraguai, por meio de exportação indireta, em que a indústria vende para as distribuidoras.

 

A Metal Inox, uma fábrica de pequeno porte na cidade, também se destaca na produção de equipamentos e serviços em aço inox para cozinhas, supermercados e indústrias, “confeccionamos cozinhas industriais de restaurantes, universidades, hotéis e usinas, também barras de apoio, lavatório cirúrgico, churrasqueira, corrimão de escada, armários, bandejas, prateleiras e estantes, raspadores de osso, suportes, tanques, entre outros”, falou o gerente, Hélio Freitas.

 

A produção é feita em aço inox e já atendeu há encomendas em São Paulo, Bahia, Ceará, Santa Catarina, Minas Gerais, Rondônia, Sergipe, Mato Grosso, Distrito Federal, Goiás e Rio de Janeiro, além do Mato Grosso do Sul.

 

Assim, o setor responde por 68% de tudo que é exportado pelo Estado, segundo a Fiems.

 

E através da indústria há desenvolvimento de base, empregabilidade, o encadeamento do comércio e das famílias, “é de fundamental importância o setor industrial para Dourados, para o Estado, pois através da transformação de matérias primas se concretiza negociações que podem beneficiar outros segmentos, para comercialização e geração de negócios para o município, gerando renda, empregos, alto estima, desenvolvendo a comunidade e a sociedade local”, conclui a secretária de Desenvolvimento Econômico Sustentável de Dourados, Neire Colman.

 

Fonte: Dourados News.


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