El Niño: Influência nas chuvas e temperaturas

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El Niño deve influenciar clima pelo menos até o fim do verão 2015-2016.

O El Niño, principal responsável pelo clima atípico de 2015, deve continuar influenciando as chuvas e as temperaturas no Brasil pelo menos até o final do verão 2015/16 (meados de março), de acordo com informações da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA). Considera-se a ocorrência do fenômeno quando as águas do Pacífico ultrapassam em 0,5°C a média histórica por um período de quatro meses consecutivos. No final de 2015, no entanto, a temperatura da Superfície do Mar excedeu em até 3°C os valores médios históricos.

Dessa forma, o atual fenômeno é um dos mais fortes já registrados. No Brasil, os efeitos são verificados de maneira mais expressiva nos extremos, com seca nas regiões Norte e Nordeste e muita chuva no Sul.

Tanto a seca no Nordeste quanto as chuvas no Sul afetaram a produção de frutas e hortaliças em 2015 e devem continuar influenciando em 2016. No caso da manga, na Bahia, no Vale do São Francisco e até mesmo no Norte de Minas, o calor e a baixa disponibilidade de água prejudicaram o desenvolvimento dos frutos, reduzindo a produtividade dos pomares. Viticultores do Vale estão receosos com a possível redução na vazão da água para irrigação, o que pode impactar na produtividade da safra 2016 e até mesmo nas exportações. Quanto ao melão, no Rio Grande do Norte/Ceará, a falta de água já levou à diminuição da área em 2015. No Rio Grande do Norte, a seca causou a redução também da área de mamão, situação que pode se agravar caso a seca piore na região de Mossoró/Baraúna em 2016.

A falta de água também deve dificultar a manutenção da área prevista para as culturas da batata, cenoura e tomate na Bahia no primeiro semestre de 2016, podendo resultar em queda nos investimentos. Produtores de cebola no Vale do São Francisco já cultivaram menos em 2015 e podem reduzir ainda mais a área se as chuvas não se regularizarem.


Noutro lado do País, no Sul, as precipitações muito acima da média desde setembro e a ocorrência de granizo limitaram a produção de maçã para a safra 2015/16 no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, uma vez que a floração e a polinização foram prejudicadas. No Norte de Santa Catarina, a produtividade dos bananais foi prejudicada, além das atividades de campo, com risco de deslizamentos. As chuvas impactam negativamente também na produção de uva de mesa, tanto no final de 2015 como no primeiro semestre de 2016 no norte do Paraná, além da safra gaúcha 2015/16 de uva industrial, mantendo a oferta baixa e a qualidade insatisfatória.

Para a cebola, mais um ano chuvoso no Sul prejudica a safra de verão 2015/16 e os ganhos de área estimados terão pouco efeito para o aumento da oferta, já que a produtividade deve ficar abaixo do normal. Além disso, a qualidade também deve ser bastante prejudicada, além do que o período de armazenamento dos bulbos se torna menor. No caso da batata, no Rio Grande do Sul e em Água Doce (SC), produtores podem não alcançar toda a área estimada inicialmente para a temporada 2015/16, caso as chuvas persistam. O plantio de cenoura no Rio Grande do Sul e Paraná e o de tomate no Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina para a safra de verão 2015/16, podem ser dificultados pelas chuvas, bem como o desenvolvimento das plantas, impactando na oferta desses produtos ao longo da temporada de verão.

Fonte: Cepea/Esalq.


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