Trigo vai subir; repasse pode chegar aos pães

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Até o fim deste mês o consumidor cearense vai pagar mais caro pela farinha de trigo. De acordo com informações do setor, a alta nos preços é “inevitável” e terá de ser repassada ao mercado devido à elevação do custo do dólar, que passou de R$ 1,98 para R$ 2,27. Uma consequência que um aumento como esse deve ter é o encarecimento de um dos itens mais essenciais na mesa do brasileiro: o pão, que pode ficar até 5% mais caro nas panificadoras e confeitarias do Ceará.

 

Sobre a farinha de trigo, o presidente dos sindicatos das Indústrias de Massas Alimentícias e Biscoito do Estado do Ceará (Sindmassas) e das Indústrias do Trigo nos Estados do Pará, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte (Sindtrigo), Luís Eugênio Pontes, garante que o produto “sobe ainda esse mês porque não tem como aguentar uma variação cambial tão violenta”. Repasse é imprevisível Ainda segundo o líder classista, que também exerce um cargo executivo no grupo M. Dias Branco, ao qual integra a Fábrica Fortaleza, o impacto atingirá toda a cadeia produtiva e não apenas a farinha de trigo.

 

­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­Mas ele não soube dizer, com certeza, quando os demais aumentos chegarão ao bolso do consumidor final. “Cada empresa tem seu estoque e suas próprias estratégias de mercado. Elas é que sabem até onde podem segurar (o repasse da elevação de preços)”, ponderou. A perspectiva de inflação para toda a cadeia produtiva do trigo é confirmada pelo presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Massas Alimentícias (Abima), Cláudio Zanão.

 

“O trigo e a farinha são commodities. Dessa forma, os preços já estavam subindo. E agora, com o aumento do dólar, vai complicar ainda mais uma situação que já era complexa”, afirma. Reajuste nos pães Com um eventual aumento na farinha de trigo, fica praticamente inviável para os comerciantes de pães não repassarem o reajuste para o consumidor, já que até 70% dos gastos de produção do produto são oriundos da farinha. “Esperaremos até o mês que vem para resolvermos esse reajuste nos pães. É bem provável que aconteça”, explica o presidente Sindicato das Panificadoras e Confeitarias do Ceará (Sindipan-CE), Lauro Martins.

 

Ainda conforme o presidente do Sindipan-CE, o repasse aos pães deve ocorrer se um novo aumento de 5% atingir a farinha de trigo. “Neste mês já houve uma elevação de 5% no preço da farinha e a previsão é que até o fim de junho aconteça uma nova alta neste patamar.


 

Se isso ocorrer, o consumidor realmente terá que pagar cerca de 5% a mais nos pães, que hoje c ustam, em média, R$ 8,50 o quilo”, diz. Para Martins, o setor não poderá voltar a baratear os pães enquanto o câmbio não ajudar. “Essa instabilidade nos deixa apreensivos porque a nossa matéria prima é praticamente toda importada e um reajuste não é do nosso interesse, já que provoca queda no consumo”, afirma.

 

Queda entre abril e maio Por mais contraditório que possa parecer, um levantamento encomendado pela Abima à Pesquisejá – empresa especializada em monitoramento, gestão de informações e pesquisas customizadas – relevou uma redução dos preços médios de massas, pães e bolos entre os meses de abril e maio.

 

Segundo a pesquisa, o custo médio para massas fresca, instantânea e seca, ficou em R$ 3,36 em maio, contra R$ 3,53 em abril, o equivalente a uma queda de 4,82%. Já a média para o item Pães & Bolos caiu 5,73%, passando de R$ 4,54 para R$ 4,28. Considerando as diferentes regiões do País, no item massas, apenas o Norte e Nordeste registraram aumento.

 

No Norte, o preço ficou em R$ 3,96 em maio, o equivalente a 18% acima da média nacional, e 7,5% ao apurado em abril (R$ 3,68). Já no Nordeste, o preço subiu de R$ 3,04 para R$ 3,49.

 

Fonte: Diário do Nordeste


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