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Metodologias de avaliação econômica para produtores

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Workshop apresenta metodologia de avaliação econômica de iLPF para produtores. Evento reuniu produtores das Unidades de Referência Tecnológica e Econômica de MT.

 

Uma reunião de trabalho realizada nesta quinta e sexta-feira na Embrapa Agrossilvipastoril, em Sinop (MT), reuniu os produtores e técnicos responsáveis pelas Unidades de Referência Tecnológica (URTs) de integração lavoura-pecuária-floresta (iLPF) em Mato Grosso e pesquisadores. No evento foram apresentadas e discutidas as metodologias de avaliação econômica dos sistemas integrados que vêm sendo adotadas em um projeto conjunto da Embrapa e do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

 

Esta foi a primeira vez que os produtores das nove URTs de iLPF acompanhadas pela Embrapa no estado se reuniram. Na oportunidade eles conheceram um pouco mais sobre os trabalhos de pesquisa e transferência de tecnologia desenvolvidos com os sistemas integrados e puderam ver como suas fazendas estão inseridas neste processo.

 

Durante o evento, cada produtor apresentou a estrutura da iLPF em sua propriedade e apontou as principais virtudes e desafios do sistema. Na sequência, pesquisadores da Embrapa e do Imea detalharam o projeto que começou a ser desenvolvido no ano passado para fazer a avaliação econômica da iLPF nas URTs. Com isso, estes locais passaram a ser chamadas de Unidades de Referência Tecnológica e Econômica (URTE).

 

 “O objetivo deste trabalho com as URTEs é fazer o levantamento sistemático dos dados que saem destas propriedades. Integração dá dinheiro ou não? Ainda não temos avaliações sistemáticas, não temos estudos e trabalhos que revelam confiavelmente esta viabilidade econômica”, afirma o gestor do Imea Daniel Latorraca.


 

O projeto de avaliação econômica das propriedades é de longa duração. Nesta primeira fase, prevista para terminar em meados deste ano, está sendo definida uma metodologia de análise econômica para os sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta. A tarefa é desafiadora tendo em vista as inúmeras variáveis de cada sistema iLPF.

 

“A gente busca com este projeto uma métrica que chamamos de padrão. Acho que neste primeiro momento teremos dificuldades em fazer isto. Ainda teremos de ir para uma estratégia de estudos de caso, entender cada caso especificamente e depois disso chegar nessa metodologia que a gente consiga aplicar em locais diferentes. Queremos uma metodologia que consiga captar as interfaces do sistema integrado. Talvez a estratégia agora seja pensar e entender cada caso, para depois sim irmos para um caso geral”, explica o pesquisador da Embrapa e coordenador do projeto, Júlio César dos Reis.

 

Perspectivas futuras:

Após a realização deste Workshop, a metodologia de avaliação econômica proposta será ajustada de modo a conciliar as demandas da pesquisa e dos produtores. Posteriormente ela será testada nas URTEs em um trabalho realizado pela pesquisadora Maria Denize Euleutério. A expectativa é que as informações geradas norteiem o planejamento das fases seguintes do projeto.

 

Para os produtores que participaram, o Workshop foi uma oportunidade de troca de experiências com outros agricultores que fazem a iLPF, de conhecer outras realidades do estado e ainda gerou boas expectativas quanto aos resultados da avaliação econômica.

 

“Esperamos realmente achar uma fórmula bem simplificada, para que o produtor possa fazer seu dever de casa. Para que ele possa chegar no fim do mês ou no fim do ano estando mais ciente daquilo que ganhou, deixou de ganhar ou das possibilidades que fizeram com que ele perdesse. Acredito que é um trabalho de formiguinha, de amadurecimento. E nós somos os primeiros, representando um todo”, disse o proprietário da Fazenda Certeza, em Canarana, Neuri Wink.

 

Atualmente, em Mato Grosso, a Embrapa conta com URTEs de iLPF em Barra do Garças (Fazenda Brasil), Nova Xavantina (Fazenda Gaúcha), Querência (Fazenda Certeza), Cáceres (IFMT), Santa Carmem (Fazenda Dona Isabina), Marcelândia (Fazenda Pégasus), Juara (Fazenda Guarantã), Nova Canaã do Norte (Fazenda Gamada) e Alta Floresta (Fazenda Bacaeri), além do campo experimental da Embrapa Agrossilvipastoril, onde também há uma URTE.

 

Lançamento e homenagens:

A programação do II Workshop sobre sistemas iLPF de MT também contou com o lançamento do vídeo “iLPF: uma alternativa sustentável para a Amazônia mato-grossense” e com a apresentação do livro “Plantar, Criar e Conservar: unindo produtividade e meio ambiente”, lançado no fim de 2013 pela Embrapa e Instituto Socioambiental (ISA).

 

O primeiro corte de árvores nas URTs de iLPF em Mato Grosso também foi celebrado durante o workshop com a entrega de uma placa feita com discos de eucalipto para instituições parceiras na condução das URTs, como Embrapa, Sistema Famato, Senar, Imea, UFMT, Unemat e IFMT, além da Fazenda Gamada, local onde ocorreu o primeiro desbaste florestal.

 

Jornalista: Gabriel Faria.

Fonte: Embrapa Agrossilvipastoril.


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