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Como prevenir o botulismo bovino?

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A prevenção contra o botulismo bovino é essencial, mas se os animais começarem a apresentar sintomas da doença, o produtor deve fazer de forma rápida, com um veterinário, o diagnóstico: “O botulismo é uma das poucas doenças que mata muitos animais ao mesmo tempo e o diagnóstico deve ser feito de forma adequada, pois a intoxicação pode ser confundida com outras doenças como a raiva”, afirma Dr. José Zambrano, médico veterinário especialista em sanidade e técnico do Rehagro.

Segundo o Gerente da equipe corte do Rehagro, Diego Palucci, “no momento da compra do alimento é muito importante saber se o produto apresenta umidade dentro do padrão estabelecido. O milho e a soja, por exemplo, não podem ter mais de 14% de umidade. No armazenamento, a fermentação é favorecida, ocasionando perda do recurso”, alerta. Palucci acrescenta, dizendo que o produtor deve estar atento à procedência dos grãos, observando o aspecto visual e possível contaminação por fungos.

Ter informações sobre a colheita, saber se choveu ou não durante o processo, é necessário. Os cuidados com o armazenamento também são de extrema importância – “deve-se armazenar em um local que tenha ventilação, estrutura para evitar o acesso, principalmente, de ratos e pássaros, dois animais que sempre entram em estruturas mal feitas”- explica Palucci.  Zambrano complementa que o caminho para se evitar botulismo nas fazendas, além de conservar bem os alimentos, é eliminar o uso da cama de frango – que representa alto risco – e vacinar os animais. A vacina que protege contra gangrena gasosa, hemoglobinúria bacilar, botulismo e outras clostridioses, deve ser aplicada uma vez ao ano.

Importante ressalva deve ser feita também, sobre as fontes de água dos animais, bebedouros sem manutenção, açudes, e outras fontes de água, podem representar um grande risco.

O que fazer caso a doença já esteja acometendo os animais?


Identificado o botulismo, há ações a serem tomadas. O soro antibotulínico é uma opção e deve ser aplicadas 40 ampolas em cada animal já doente e duas em animais que ainda não apresentaram sintomas. O custo benefício do medicamento é baixo, pois cada ampola custa em torno de R$10, atualmente, o que somaria um gasto de R$400 por animal doente. “Utilizamos muito o soro em gado de elite, de preço elevado. Nesses animais, mesmo os que já apresentam sinais clínicos, vale a pena aplicar. Nos que ainda não adoeceram, mas têm a toxina, o soro também é uma boa opção”, conta Dr. Zambrano de sua experiência no campo.

“O maior erro quanto às questões nutricionais é que, muitas vezes, o produtor querendo melhorar a qualidade do alimento, não tem uma estrutura necessária e equipamento correto para isso. Ele acredita que a produção é simples e não toma os cuidados básicos, faz silo a céu aberto e sem cercamento, propiciando a invasão de roedores. Por isso ao conservar um alimento temos que saber se a estrutura que possuímos é adequada para isso. Se não temos um local seguro, o melhor é armazenar fora da fazenda e comprar para uso momentâneo. Acredito que o mais importante é o nutricionista, junto com o produtor, ter uma rotina de análise de alimentos para conhecer realmente o produto que possui” – Diego Palucci, médico veterinário e Gerente da equipe corte do Rehagro.

Botulismo bovino é um grande desafio em propriedade de gado de corte, embora esporádica, um surto de botulismo pode causar sérios problemas e grande prejuízo ao produtor.

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Veja também: Saiba aqui o que é botulismo bovino e como diagnosticar

Fonte: Rehagro. Imagem principal: Depositphotos/tankist276 (Aleksey Mnogosmyslov).


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