Cepea: Indicador Cotação boi, suínos, frango, soja e milho

Análises CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. Indicador Cotação boi, suínos, frango, soja e milho mês de julho.

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BOI/CEPEA: Exportação é recorde no 1º semestre e tende a seguir aquecida no 2º.

Tanto o volume de carne bovina in natura exportado pelo Brasil no primeiro semestre de 2022 quanto à receita arrecadada pelo setor foram recordes para o período. Segundo pesquisadores do Cepea, com as vendas da proteína registrando fraco desempenho no mercado brasileiro e com o dólar valorizado frente ao Real, os frigoríficos nacionais que têm acesso ao mercado externo seguem focados nesse canal de escoamento. De acordo com dados da Secex, de janeiro a junho deste ano, os embarques de carne bovina in natura somaram 932,34 mil toneladas, quantidade 26,71% maior que a exportada no mesmo período de 2021 e 19,93% superior ao até então recorde para um primeiro semestre, registrado em 2020. Quanto à receita, em moeda nacional, somou R$ 28,4 bilhões na primeira metade deste ano, forte aumento de 50,5% frente ao mesmo período do ano anterior e também recorde. Segundo pesquisadores do Cepea, o bom desempenho das exportações no primeiro semestre de 2022 foi sustentado pelos embarques à China e aos Estados Unidos. Nesse contexto, as expectativas para este segundo semestre são positivas, visto que, considerando-se o comportamento das vendas externas nos últimos anos, os envios da proteína brasileira ao país asiático e ao norte-americano se intensificam na segunda metade do ano. Assim, os embarques nacionais podem se manter aquecidos nos próximos meses e renovar o recorde anual. Vale ressaltar que esse cenário sustenta os valores internos do boi gordo, que seguiram em patamares elevados de janeiro a junho e continuaram firmes no primeiro mês do segundo semestre.


SUÍNOS/CEPEA: Relação de troca do vivo por insumos tem 5ª redução mensal.

A queda no preço do milho e a valorização do suíno vivo entre junho e a parcial de julho (até o dia 26) vêm sustentando, pelo quinto mês consecutivo, um cenário favorável ao produtor, à medida que mantém em recuperação o poder de compra do suinocultor frente ao insumo. No caso do farelo de soja, os valores subiram no último mês, mas de forma menos intensa que os do animal vivo, contexto que também resultou em melhora na relação de troca ao produtor. No mercado de milho, segundo a Equipe Grãos/Cepea, a colheita segue acelerada na maior parte das regiões, elevando a oferta e pressionando os valores. Em relação ao farelo de soja, ainda de acordo com a Equipe Grãos/Cepea, o crescimento das demandas doméstica e externa pelo derivado contribuíram para a elevação dos preços, que registram alta mensal de 6,1%, enquanto para o suíno vivo negociado na região de SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), a valorização foi de 11%.

FRANGO/CEPEA: Setor busca elevar produção, e procura por pintainhos cresce.

As exportações brasileiras de carne de frango vêm registrando desempenho recorde neste ano – o volume embarcado no primeiro semestre foi o mais alto para o período. Pesquisadores do Cepea indicam que isso se deve à aquecida demanda internacional pela carne brasileira, tendo em vista o conflito na Ucrânia, importante fornecedora mundial da proteína, e casos de influenza aviária no Hemisfério Norte, que limitaram a oferta global do produto de origem avícola. As vendas externas aquecidas, por sua vez, têm limitado a disponibilidade interna de carne de frango e feito com que o setor busque elevar o volume de produção. Segundo pesquisadores do Cepea, esse fato é evidenciado pelas aquecidas demandas por lotes de frango vivo para abate e por novos pintainhos para alojamento. Na ponta inicial da cadeia, colaboradores do Cepea indicam que a procura por pintainhos de um dia está tão intensa que há registros de falta de produto em muitas regiões.

FARELO DE SOJA: Disputa por farelo de soja aumenta, e preços voltam a subir no BR.

Após registrarem os menores valores do ano em junho, os preços do farelo de soja voltaram a subir no mercado brasileiro em julho. Isso porque a alta do dólar frente ao Real atraiu importadores ao Brasil, acirrando a disputa com os compradores domésticos. Apesar da desvalorização em junho, o Brasil exportou volume recorde de farelo de soja no primeiro semestre de 2022, considerando-se os primeiros seis meses de anos anteriores. Conforme a Secex, os embarques nacionais do derivado somaram 10,41 milhões de toneladas entre janeiro e junho de 2022, 28,4% acima do escoado no mesmo período do ano passado. E de acordo com o relatório do USDA divulgado no dia 12 de julho, o Brasil deve exportar volume recorde de farelo de soja nesta temporada (2021/22), estimado em 18,5 milhões de toneladas (2,78% acima do indicado no relatório anterior). O consumo doméstico também deve ser recorde, previsto em 19,6 milhões de toneladas (0,26% superior ao estimado no relatório de junho/22). Diante disso, na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, o farelo de soja se valorizou significativos 6,1% entre as médias de junho e da parcial de julho (até o dia 26).  Em um ano, a valorização é de expressivos 12,7%.

MILHO/CEPEA: Colheita no BR e desvalorização externa pressionam cotações em julho.

As cotações do milho seguiram recuando nos mercados interno e externo em julho. Na região de Campinas (SP), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa voltou para a casa dos R$ 80/saca de 60 kg na segunda quinzena do mês, fechando o dia 22 a R$ 80,06/sc, o menor valor nominal desde 30 de dezembro de 2020. No dia 26, especificamente, o Indicador foi de R$ 81,27/sc, 2,7% inferior ao do dia 30 de junho. Segundo pesquisadores do Cepea, as desvalorizações estão atreladas ao avanço da colheita da segunda safra, que tem mantido consumidores retraídos, apostando em quedas mais acentuadas dos preços. Além disso, a melhora do clima nos Estados Unidos e a divulgação de dados de oferta e demanda para o país norte-americano pressionaram os vencimentos futuros, o que reduziu os valores nos portos brasileiros. Compradores domésticos também estiveram atentos à limitação de armazenagem – relatos já indicam armazéns lotados no Sudeste e produto a céu aberto no Centro-Oeste, cenário que pode reduzir a qualidade do grão.

Textos elaborados pela Equipe Cepea.

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